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50 anos contra as drogas: uma guerra perdida
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O maior exportador de cocaína também é um dos países onde o glifosato é mais usado para pulverizar plantações de coca. Em 2015, o Tribunal Constitucional proibiu o uso do químico, mas, em 2019, atualizou as condições para a retomada da pulverização do glifosato com base no ponto quatro do acordo de paz de 2016. Isso significa que dois pontos específicos serão levados em consideração: o direito à consulta prévia pelas comunidades e a revisão das pesquisas sobre os impactos ambientais e sanitários relacionados à pulverização do glifosato.
Na época, o presidente da Colômbia, Iván Duque, fez um apelo geral aos colombianos a favor da prática, argumentando que a eficiência da pulverização manual era muito baixa em comparação com a aérea.
No entanto, as comunidades, principalmente aquelas protegidas pelo acordo de paz, se opõem à pulverização, não só pelos riscos à saúde, mas também porque, com pouca ou nenhuma implementação do acordo durante o governo Duque, os planos de substituição das plantações de coca em seus territórios também não foram efetivados. Apenas 2% das famílias do Programa de Substituição de Cultivos Ilícitos (PNIS) iniciaram outros projetos produtivos que não o cultivo da coca, o que mostra a relutância do governo em implementar o acordo, única saída planejada para o problema dos cultivos ilícitos.
O caso do México, da papoula aos cartéis
Um dos países-alvo dos Estados Unidos em sua guerra contra as drogas foi – e continua sendo – o México.
Em meados da década de 1960, o contrabando de cannabis e opiáceos através da fronteira sul dos Estados Unidos já estava estabelecido. Assim, os primeiros alvos foram os campos de papoula, semeados para uso durante a Guerra Civil americana do século 19.
Em resposta, os traficantes de drogas foram para outros estados mexicanos, expandindo o negócio pelo território. Em 1975, no começo da guerra contra as drogas, um dos principais objetivos era pulverizar os campos de maconha de Sierra Madre com Paraquat, um herbicida perigoso.
Os traficantes, porém, continuaram a vender a flor contaminada com o herbicida para traficantes que a vendiam nos Estados Unidos. Em 1977, os primeiros estudos para detectar as quantidades de Paraquat na droga concluíram que o consumo de apenas meia onça, menos de 15 gramas, poderia ser fatal, alertou o New York Times. Assim começou a fracassada guerra às drogas no México.
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