Linux Portuguese-HOWTO
Carlos Augusto Moreira dos Santos, casan�
[email protected]
v2.1, 17 July 1997
Este documento pretende ser um guia de refer�ncia de configura��o do
Linux e seus programas, teclados e fontes de caracteres, permitindo
sua utiliza��o mais confort�vel por pessoas que falem a L�ngua Por�
tuguesa.
______________________________________________________________________
�ndice geral
1. Introdu��o
1.1 Caracter�sticas deste HOWTO
1.2 Onde encontrar a vers�o mais atual
1.3 Como enviar colabora�es
1.4 Particularidades da L�ngua Portuguesa em diferentes pa�ses
1.5 Dificuldades encontradas pelos utilizadores de computador
1.6 Diferen�as e semelhan�as entre o modo texto e o X Window System
2. Leituras recomendadas
3. A configura��o no modo texto (console)
3.1 O qu� � um mapa de teclado?
3.2 Comandos da package KBD
3.3 Configura��o do console
4. A configura��o do Sistema de Janelas X (X Window System)
4.1 Configura��o do xinit
4.2 Configura��o do XDM
4.3 Compose
5. Configura��o dos v�rios programas
5.1 Bash (e todos os programas que utilizam a biblioteca GNU readline)
5.2 csh / tcsh (vers�o 6.04 ou superior)
5.3 Joe
5.4 Less
5.5 ls
5.6 Man, groff, troff
5.7 Midnight Comander (mc)
5.8 Minicom
5.9 nn
5.10 Emacs
5.11 lemacs (lucid emacs)
5.12 flex
5.13 Pine e Pico
5.14 TeX, LaTeX
5.15 Ispell
5.16 LyX
5.17 Fortune
6. Rede local e Internet
6.1 FTP (File Transfer Protocol)
6.2 E-MAIL
7. Ficheiros necess�rios
8. Informa�es Adicionais
8.1 Vers�es de software testadas
8.2 Futuro
9. Agradecimentos, Nota de Direitos de Autor e Responsabilidade
9.1 Termos e Condi�es
9.2 Garantia (inexist�ncia de) e nota de responsabilidade
9.3 Agradecimentos
______________________________________________________________________
1. Introdu��o
Em que outra l�ngua ``pois n�o'' quer dizer sim e ``pois
sim'' quer dizer n�o?
1.1. Caracter�sticas deste HOWTO
Este documento pretende ser um guia de refer�ncia de configura��o do
Linux e seus programas, teclados e fontes de caracteres, permitindo
sua utiliza��o mais confort�vel por pessoas que falem a L�ngua
Portuguesa.
Ao contr�rio de procurar juntar toda a informa��o em um �nico lugar,
optei por concentrar-me em alguns temas, fornecendo as refer�ncias
para outros textos. � feita uma breve discuss�o sobre o tratamento do
teclado e das fontes de caracteres do console pelo Linux, bem como do
suporte a v�rias l�nguas nacionais.
1.2. Onde encontrar a vers�o mais atual
Os Linux HOWTO podem ser obtidos via FTP an�nimo nos seguintes
endere�os:
� <
ftp://sunsite.unc.edu/pub/Linux/docs/HOWTO>
� <
ftp://tsx-11.mit.edu/pub/linux/docs/HOWTO>
Pode-se tamb�m folhear os documentos HOWTO em formato HTML no URL
� <
http://sunsite.unc.edu/LDP/HOWTO>
� <
http://mirror.pop-mg.rnp.br/LDP/HOWTO>
sendo este �ltimo residente no espelho da Rede Nacional de Pesquisa do
Brasil.
Muitas localidades mant�m c�pias desses documentos. Deve-se dar
prefer�ncia ao acesso � c�pia mais pr�xima, para economizar o precioso
tr�fego internacional na Internet e tamb�m evitar a sobrecarga da
m�quina sunsite.unc.edu. Uma lista completa dessas localidades pode
ser obtida em (-- Eu gostaria muito de ser informado de outros
lugares onde o LDP seja espelhado, tanto no Brasil quanto em outros
pa�ses de l�ngua portuguesa. Quem tiver maiores informa�es por favor
escreva.--)
� <
http://sunsite.unc.edu/LDP/hmirrors.html>
Os Linux HOWTO est�o dispon�veis em diversos formatos: simples texto,
PostScript, DVI, e HTML. O formato original � SGML e os demais s�o
obtidos por meio de convers�o por utilit�rios adequados. Para saber
mais sobre SGML consulte a p�gina do pacote SGML-tools em
<
http://pobox.com/~cg/sgmltools/>.
Durante o per�odo em que eu estiver cursando a P�s Gradua��o na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Portuguese-HOWTO, assim
como os v�rios arquivos de configura��o mencionados estar�o �
disposi��o na mais feia e mal-feita p�gina pessoal de toda a Internet:
<
http://www.inf.ufrgs.br/~casantos/>
N�o espere muito, por enquanto. Eu n�o tenho tempo para atualiz�-la.
Talvez no futuro seja poss�vel colocar algumas dicas de Linux e
administra��o de Unix em geral, mas isto n�o � prioridade, lamento.
ATEN��O! N�o procure por este documento nos servidores WWW ou FTP do
Centro de Pesquisas Meteorol�gicas da Universidade Federal de Pelotas,
pois ser� pura perda de tempo. As vers�es mais atuais deste documento
s�o publicadas no sunsite.unc.edu!
1.3. Como enviar colabora�es
Em primeiro lugar o mais importante: o formato original deste
documento n�o � texto simples, nem HTML. Toda a formata��o, incluindo
numera��o das se�es � feita automaticamente depois que o original �
enviado para o sunsite.unc.edu. Por isso, quando for enviar sugest�es
ou corre�es, fa�a-o mencionando os t�tulos das se�es onde as
altera�es sugeridas devem ocorrer e n�o os n�meros. Nunca refira-se a
um par�grafo como sendo ``o terceiro da se��o 3.1''; cite as palavras
inicias do trecho a ser modificado.
Envie suas sugest�es para
[email protected]. Todas as
mensagens ser�o lidas, mas nem todas receber�o resposta direta, devido
� falta de tempo para tanto.
1.4. Particularidades da L�ngua Portuguesa em diferentes pa�ses
Embora seja falada em Portugal e todas as suas ex-col�nias, a L�ngua
Portuguesa assume particularidades em cada um desses lugares e mesmo
dentro de um mesmo pa�s, como no caso do Brasil, pa�s de dimens�es
continentais e com influ�ncias culturais de muitos outros povos.
Este documento foi originalmente escrito por um portugu�s, mas est�
agora sendo mantido por um brasileiro. Por isso existe nele uma certa
mistura de sotaques. � prov�vel que se mantenha assim por um bom
tempo, pois n�o h� raz�o para alterar o texto original a n�o ser no
caso de adi�es e corre�es, at� mesmo por respeito ao primeiro autor.
1.5. Dificuldades encontradas pelos utilizadores de computador
� semelhan�a de outras l�nguas faladas na Europa, a l�ngua portuguesa
reveste-se de algumas caracter�sticas especiais, tais como a
utiliza��o de caracteres acentuados, que tornam o seu suporte dif�cil,
pouco intuitivo ou at� mesmo imposs�vel, por parte do software
utilizado nos nossos computadores.
As dificuldades encontradas centram-se essencialmente em torno de dois
pontos fundamentais:
� A introdu��o de caracteres acentuados atrav�s do teclado, como seja
a escrita de jo~ao em vez da sua forma correcta: jo�o.
� A exibi��o dos mesmos no �cran do computador, o suporte resume-se
normalmente � correcta localiza��o das teclas, nada mais.
O presente HOWTO pretende, pois, ajudar o utilizador do sistema Linux
a configurar o mesmo de modo a que, dentro do poss�vel, tanto o
sistema operativo, como os programas nele utilizados, venham a
suportar os caracteres acentuados e teclados com suporte para o
portugu�s.
Este esfor�o pode n�o ser suficiente, uma vez que existem alguns
programas que n�o foram desenhados com vista a suportar os caracteres
acentuados. Em alguns casos, pode-se contornar o problema por meio de
algum artif�cio, mas o resultado nem sempre � totalmente satisfat�rio.
�s vezes chega ser frustrante...
S�o explicadas as configura�es dos seguintes tipos de teclados em
conjunto com o sistema operacional Linux:
� Os que seguem o padr�o IBM PC dos Estados Unidos, aos quais �
poss�vel adicionar suporte � acentua��o por meio de redefini��o das
fun�es de algumas teclas.
� Os de desenho portugu�s, usados nos computadores em Portugal e
tamb�m encontrados em alguns computadores comercializados no
Brasil.
� Os que seguem padr�o ABNT-2, encontrados em diversas marcas de
computadores vendidos no Brasil (Itautec, Compaq, IBM).
Al�m disso, tamb�m s�o dadas sugest�es sobre o uso das teclas
adicionais encontradas nos teclados para Windows 95.
1.6. Diferen�as e semelhan�as entre o modo texto e o X Window System
O Linux foi desenhado internamente de modo a facilitar a sua f�cil
configura��o e extens�o em tempo de execu��o, n�o constituindo o
tratamento do teclado e fontes de caracteres excep��o. Isto foi feito
seguindo um padr�o internacional de defini��o de caracteres acentuados
chamado Unicode. Esse padr�o permite definir caracteres cuja
representa��o interna no computador utiliza mais de um byte (ou octeto
na nomenclatura ISO).
O X Window System (ou simplesmente X, mas nunca X-Windows) tamb�m foi
projetado para suportar diversos conjuntos de caracteres, idiomas e
formatos de teclado. O X n�o usa o padr�o Unicode e sim o ISO-8859.
Um conjunto de caracteres � definido de acordo com os s�mbolos
constantes no alfabeto utilizado por uma determinada l�ngua. Esses
conjuntos s�o identificados com um c�digo ISO-8859-x onde o x
corresponde a um determinado alfabeto. Para a l�ngua portuguesa,
recomenda-se o uso do conjunto ISO-8859-1, que corresponde ao alfabeto
latino e �s letras acentuadas usadas pelas l�nguas do oeste da Europa
e Am�rica. Al�m dos caracteres alfanum�ricos e sinais de acentua��o,
� poss�vel tamb�m gerar sinais semigr�ficos que s�o �teis no desenho
de linhas e bordas.
Existem muitas semelhan�as entre os dois ambientes. Ambos se baseiam
em padr�es internacionais para defini��o de conjuntos de caracteres.
Tanto no X quanto no console � poss�vel definir uma tecla chamada
Compose cujo pressionamento seguido de duas outras teclas ir� gerar o
caractere correspondente. Assim sendo, o pressionamento da seq��ncia
compose-,-c gerar� um c cedilhado.
Existem tamb�m grandes diferen�as entre os tratamentos dados nesses
dois ambientes. Em primeiro lugar, o tratamento do console � feito
diretamente pelo sistema operativo e normalmente as aplica�es n�o se
envolvem com o processamento dos c�digos de varredura do teclado,
recebendo um caractere, ou uma seq��ncia deles, ao ser pressionada
cada tecla.
A partir da revis�o 5 do X, foi incorporado � bibliotaca padr�o (Xlib)
um mecanismo sofisticado de suporte � gera��o de caracteres em
diversos c�digos. Isto � feito por meio da fun��o XmbLookupString.
No X, o pressionamento de uma tecla gera uma mensagem que � passada �
aplica��o e recebe o nome de evento. Existe at� um programa muito �til
chamado xev que permite observar cada um dos eventos a ele
transmitido. Foge ao escopo deste texto a discuss�o do tratamento de
eventos no X. Para maiores informa�es, sugiro a consulta aos
documentos mencionados mais adiante.
As novas vers�es do X (X11, revis�o 6) n�o fazem mais o tratamento das
seq��ncias de acentos e letras, deixando esta responsabilidade para a
aplica��o, mesmo no caso do uso da tecla Compose. Isto cria uma
dificuldade quando usamos aplica�es mais antigas, que n�o tenham sido
desenvolvidas com suporte ao novo m�todo de tratar a entrada.
Por essas raz�es � normalmente mais dif�cil conseguir acrescentar
suporte � gera��o de caracteres acentuados em aplicativos que rodam
sob o X, principalmente quando n�o se possui o c�digo fonte. �
importante lembrar que aplicativos feitos para rodar apenas em modo
texto, tais como vi e minicom ir�o depender totalmente dos recursos do
emulador de terminal em uso quando rodando em uma janela do X. Se for
usada uma vers�o atual do xterm ou rxvt (meu predileto) o emulador
far� o tratamento correto dos acentos.
2. Leituras recomendadas
Aquele que nunca perdeu um arquivo, que atire o primeiro
disquete.
Os Linux HOWTO aqui mencionados geralmente s�o distribu�dos nos CDs de
instala��o e todas as distribui�es possuem pelo menos alguns deles em
pacotes prontos para instalar. No Slackwre esses pacotes s�o os da
s�rie F e os documentos ficam instalados no diret�rio
/usr/doc/faq/howto.
The Linux Keyboard and Console HOWTO
Este documento descreve o tratamento teclado e console no Linux
(kernel vers�o 2.0) e tem v�rias refer�ncias ao X. Leitura
obrigat�ria para quem quer entender a base do assunto. Pode ser
obtido em
<
http://sunsite.unc.edu/pub/Linux/docs/HOWTO/Keyboard-and-
Console-HOWTO>.
The Linux XFree86 HOWTO
Descreve como obter, instalar e configurar o XFree86. Pode ser
obtido em
<
http://sunsite.unc.edu/pub/Linux/docs/HOWTO/XFree86-HOWTO>.
Todas as ditribui�es de Linux j� v�m com pacotes do XFree86
prontos para instalar, mas as informa�es sobre configura��o
podem ser muito �teis.
Dead keys under Linux and X11
Este texto de Andrew D. Balsa, dispon�vel via WWW em
<
http://wauug.erols.com/~balsa/linux/deadkeys/> discute os
aspectos de internacionaliza��o no X, al�m de conter refer�ncias
para outros documentos que tratam de internacionaliza��o.
Dead keys under X11
O franc�s Thomas Quinot, cansado de esperar uma solu��o melhor
para o problema das aplica�es X, resolver criar uma modifica��o
para a biblioteca padr�o do X Window System que implementa a
acentua��o direta. Isso permite usar aplica�es como xfig ou
xedit sem que seja necess�rio alter�-las. A vers�o em ingl�s
est� dispon�vel via WWW em
<
http://www.fdn.fr/~tquinot/index.en.html>
Testei a referida biblioteca, e o resultado me pareceu
satisfat�rio, exceto pelo fato de a gera��o de caracteres
semigr�figos por meio da combina��o AltGr-tecla n�o funcionar, o
que dificulta a digita��o dos s�mbolos de se��o (�), Libra (�),
e outros dispon�veis no teclado ABNT.
/usr/src/linux/Documentation/unicode.txt
Este arquivo de documenta��o do kernel explica como ativar os
diversos tipos de fontes no console. Tamb�m explica onde obter
fontes para o alfabeto Klingon, o que pode ser muito �til se o
leitor for um habitante daquele planeta ou admirador de Guerra
nas Estrelas. Depois das recentes aventuras espaciais do Linux,
n�o duvido de mais nada...
/usr/src/linux/include/linux/keyboard.h ou
/usr/include/linux/keyboard.h" Este arquivo cont�m as defini�es
de constantes, fun�es e macros utilizadas por programas que
fazem tratamento de teclado sob Linux. Normalmente esse arquivo
� instalado com o pacote que cont�m o c�digo fonte do kernel. As
distribui�es normalmente possuem um pacote apenas com os
arquivos include e outros com o resto dos programas-fonte do
kernel.
/usr/X11R6/include/X11/keysymdef.h ou
/usr/include/X11/keysymdef.h" Este arquivo cont�m as defini�es
de constantes, fun�es e macros utilizadas por programas que
fazem tratamento de teclado sob o X Window System. Normalmente
esse arquivo � instalado com o pacote que cont�m as bibliotecas
de desenvolvimento de aplica�es para X.
3. A configura��o no modo texto (console)
Este espa�o deveria ser preenchido por uma frase inteligente
e espirituosa.
A configura��o do teclado � conseguida redefinindo as tabelas de
tradu��o de c�digos gerados pelas teclas em caracteres e carregando
fontes de caracteres de �cran.
Conforme descrito no Keyboard and Console HOWTO, a configura��o da
fonte de caracteres e mapa de teclado � feita usando o pacote KBD.
Esse pacote � encontrado em todas as distribui�es de Linux.
3.1. O qu� � um mapa de teclado?
Cada tecla do PC possui um c�digo num�rico. Ao pressionarmos uma tecla
o processador controlador do teclado envia ao computador esse c�digo
de varredura, tamb�m conhecido como scancode, junto com um sinal de
que a tecla foi pressionada ou solta. Essas seq��ncias de eventos s�o
ent�o processadas pelo driver de teclado e armazenadas em uma fila de
caracteres que � lida pelas aplica�es por meio da chamada de fun�es
do sistema operativo.
Um mapa de teclado � um ficheiro de texto onde se colocam as
correspond�ncias entre o scancode de tecla e o caractere (ou seq��ncia
de caracteres), que ser� gerado quando ela for pressionada, chamado
keycode.
Por exemplo :
# atribui��o da tecla '-' do teclado num�rico � tecla com c�digo 74
keycode 74 = KP_Subtract
# atribui��o da tecla '4' do teclado num�rico � tecla com c�digo 75
keycode 75 = KP_4
# etc...
keycode 76 = KP_5 # tecla 5
keycode 77 = KP_6 # tecla 6
keycode 78 = KP_Add # soma
keycode 79 = KP_1 # tecla 1
keycode 80 = KP_2 # tecla 2
Al�m das teclas alfab�ticas, num�ricas e de s�mbolos, existem outras
chamadas modificadoras que permitem gerar c�digos que n�o correspondem
a nenhum sinal gr�fico. Essas teclas s�o Shift Control Alt e Meta,
sendo que essa �ltima normalmente n�o � encontrada em teclados de PCs.
apenas em esta�es de trabalho de fabricantes como Sun, SGI, HP e DEC.
3.2. Comandos da package KBD
Loadkeys
O comando loadkeys permite especificar a equival�ncia entre a
tecla que se pressiona no teclado e o c�digo (keycode) que os
programas recebem. Isto � conseguido atrav�s do carregamento de
um mapa de teclado.
Por exemplo, o comando
loadkeys /usr/lib/kbd/keytables/portugal.map
carrega o mapa do teclado portugu�s. � importante observar que o
sistema tem como formato padr�o de teclado o americano. O mapa n�o
precisa obrigatoriamente definir todas as teclas, apenas aquelas
cujo tratamento deve ser feito de modo diferente do normal.
Ao atribuirmos um caractere n�o padr�o a uma tecla, precisamos
definir tamb�m o efeito de todos os modificadores, o que n�o �
necess�rio no X. Por outro lado, podemos definir regras de
composi��o de caracteres, recurso que foi usado nos mapas aqui
sugeridos para permitir que o � fosse gerado pela seq��ncia 'C. Os
mapas de teclado para o console, portanto, s�o mais trabalhosos de
elaborar (mas n�o muito :-) sendo esse o pre�o a pagar pela
flexibilidade.
Mapscr
Al�m do comando anterior que opera no sentido teclado <->
aplica��o, temos o comando mapscrn que opera no sentido
aplica��o <-> �cran. Suponhamos que exista o arquivo
/etc/portugal.trad contendo a seguinte linha:
123 200
Se executarmos o comando
mapscrn /etc/portugal.trad
ent�o a partir deste momento se uma aplica��o envia o caracter com
o c�digo 123 para o ecran, � o caracter com o c�digo 200 ser�
mostrado.
Embora esse recurso possa realmente ser �til, � muito mais simples
(e seguro) carregar uma fonte de caracteres que tenha os caracteres
acentuados seguindo o padr�o ISO-8859-1 e programar o console para
que opere no modo Unicode Latin 1. Veremos como se faz isso logo a
seguir.
Setfont
O comando setfont permite o carregamento de uma fonte de
caracteres de ecran, possibilitando a altera��o das fontes
utilizadas em modo de texto.
O comando a seguir, por exemplo, ir� carregar uma fonte com o
conjunto Latin-1:
setfont lat1u-16.psf
Showfont
O comando showfont mostra todos os caracteres existentes na
fonte que est� atualmente em uso no console.
O X Window System tamb�m tem um comanto chamado showfont, que
serve para mostrar as caracter�sticas de uma determinada fonte,
mas n�o os caracteres em si. Para esta �ltima finalidade se usa
o comando xfontsel. Se o programa showfont do pacote KBD for
invocado em um emulador de terminal X, como xterm, ele gerar� um
erro ``GIO_SCRNMAP: Invalid argument'', mas isso n�o resultar�
em nenhum dano.
3.3. Configura��o do console
Para colocar o console no modo Latin-1 permitindo o uso dos acentos e
caracteres semigr�ficos, pode ser usado o comando
echo -n -e '\033B'
Aten��o! Vers�es anteriores deste documento recomendavam o uso do
comando
echo -n -e "\\033(K"
mas nas vers�es 2.* do kernel do Linux esta seq��ncia n�o por� o
console no nodo Latin-1, mas no modo definido pelo utilizador, o que
pode n�o ter o mesmo resultado.
A ativa��o do modo Latin-1 dever ser feita para cada terminal virtual,
mas � muito mais f�cil criar um arquivo /etc/issue que contenha as
seq��ncias de configura��o. Isso pode ser feito usando este pequeno
script:
#!/bin/sh
ESC=`echo -n -e '\033'`
echo "${ESC}(B${ESC}[H${ESC}[J${ESC}[37m${ESC}[44m${ESC}[K" > /etc/issue
echo " Welcome to \n (\s \m \r) \l${ESC}[K" >> /etc/issue
echo " \d \t (\U)${ESC}[K" >> /etc/issue
echo "${ESC}[K${ESC}[37m${ESC}[40m" >> /etc/issue
echo >> /etc/issue
Esse arquivo cont�m seq��ncias de escape para o agetty, que � usado no
Slackware, e faz apresentar no topo da tela um quadro colorido com
v�rias informa�es �teis. No meu computador, por exemplo, aparece a
seguinte mensagem em letras brancas sobre um fundo azul:
Welcome to doncarlo (Linux i586 2.0.33) tty5
Fri Jul 17 1998 03:12:37 (4 users)
Outras distribui�es usam programas diferentes para ativar o login do
usu�rio, o que pode obrigar a fazer altera�es. Se algum dos leitores
tiver um arquivo adequado para outros getty (mingetty, getty-ps,
mgetty, etc.) por favor envie-me uma c�pia para que seja incluida
neste documento.
No Slackware � importante tamb�m editar o arquivo /etc/rc.d/rc.S e
comentar as linhas com os comandos que geram um novo /etc/issue cada
vez que o o sistema � iniciado.
Uma alternativa ao m�todo anterior � colocar no in�cio do
/etc/rc.d/rc.S a seguinte seq��ncia de comandos:
# Inicializacao das consolas
#
# activacao do modo de mapeamento Latin-1
#
for tty in /dev/tty[1-9]*
do
echo -n -e "\\033(B" > $tty
done
A seguir � preciso carregar uma fonte que tenha os caractres latinos
acentuados no padr�o ISO 8859-1 e tamb�m os s�mbolos semigr�ficos.
Isso pode ser feito com o comando
setfont lat1u-16.psf
No Slackware, essas fontes est�o no diret�rio
/usr/lib/kbd/consolefonts. Dependendo da distribui��o esse diret�rio
poder� ser outro. (-- Algu�m que use Debian, Red Hat ou outra
distribui��o por favor mande uma mensagem esclarecendo-me!--)
Para automatizar o processo de carga da fonte foi criado o script
/etc/rc.d/rc.font, contendo o seguinte:
#!/bin/sh
#
# /etc/rc.d/rc.font
#
# Seleciona uma das fontes de caracteres disponiveis em
# /usr/lib/kbd/consolefonts.
#
setfont lat1u-16.psf
A seguir � necess�rio carregar o mapa de teclado adequado, o que pode
ser feito com o comando
# loadkeys abnt2
No Slackware, esses mapas de teclado est�o no diret�rio
/usr/lib/kbd/keytables. Dependendo da distribui��o esse diret�rio
poder� ser outro. Os mapas para diversos tipos de teclados s�o
apresentados mais adiante.
Para automatizar o processo de configura��o do teclado foi criado o
script /etc/rc.d/rc.keyboard, contendo o seguinte:
#!/bin/sh
#
# /etc/rc.d/rc.keyboard
#
# Seleciona um dos mapas de teclado dispon�veis no diret�rio
# /usr/lib/kbd/keytables
#
loadkeys abnt2
e acrescentei as seguintes linhas ao /etc/rc.d/rc.S, imediatamente
antes do tratamento do /etc/rc.d/rc.keyboard:
# Carrega uma fonte de caracteres se existe um script rc.font.
if [ -x /etc/rc.d/rc.font ]; then
/etc/rc.d/rc.font start
fi
# Carrega um mapa de teclado se sexiste um script rc.keyboard.
if [ -x /etc/rc.d/rc.keyboard ]; then
/etc/rc.d/rc.keyboard start
fi
Experimente algumas teclas como ",.|!"#$%&/()=?", etc...
Muito bem, agora j� temos as teclas no s�tio certo (incluindo
!#$%&/()=?'{} etc) mas, e os c-cedilhados, a com ~ e outros caracteres
acentuados?
Bem, felizmente para n�s, o ficheiro de mapa de teclado permite tamb�m
especificar teclas especiais chamadas deadkeys. Deadkeys s�o teclas,
que, quando presionadas n�o t�m como resultado o aparecimento de um
caracter no �cran, limitando-se a alterar o comportamento da tecla
pressionada a seguir para que, por exemplo, ao ser pressionada a tecla
~ seguida da tecla a, seja provocado o aparecimento de um a-com-til
(�). (-- Ao contr�rio do que possa imaginar algum leitor incauto,
deadkeys n�o s�o aquelas usadas para escrever ghostscripts.--)
Eis a linha do ficheiro portugal.map respons�vel pela defini��o da
tecla c-cedilhado:
# atribui��o da tecla <tt/c-cedilhado/ � tecla com c�digo 39
keycode 39 = +ccedilla +Ccedilla
Experimente pressionar a tecla c-cedilhado. Em principio poder� ter
aparecido um c-cedilhado ou um caracter estranho. No segundo caso,
tente n�o se preocupar com isso, este assunto ser� tratado mais �
frente. Experimente outras teclas com acentos.
Provavelmente alguns dos caracteres que apareceram no passo anterior
n�o eram exactamente o que estaria � espera. O que acontece, � que, a
fonte de caracteres corrente poder� n�o possuir todos os caracteres de
que necessitamos. Vamos entao mudar a fonte de caracteres activa,
executando o comando:
setfont latin1u-16
E eis que aparecem os caracteres que todos n�s esper�vamos.
Mas, e se alguns dos caracteres continuassem a n�o aparecer? Bem,
neste caso, ter�amos de convencer o ecran a mostrar os caracteres
certos em cada caso. Expliquemos, o que se passaria neste caso, era
que a fonte de caracteres n�o possuia a imagem certa de alguns dos
caracteres que desejavamos exibir (o que alias acontecia com a fonte
anterior).
Neste caso poderiamos recorrer ao comando mapscrn. Como foi descrito
atr�s, o referido comando permite especificar qual o caracter X a ser
exibido no ecran, quando um programa deseja exibir um caracter Y.
Desta forma, poderiamos fazer com que , ao escrever o caracter c-
cedilhado no ecran, fosse na realidade exibido um outro caracter cuja
imagem na nossa fonte de caracteres correspondesse a imagem de um c-
cedilhado.
O comando a ser executado seria :
mapscrn <nome do ficheiro de tabela de tradu��o>
O ficheiro com a tabela de tradu��o teria no entanto de ser criado por
n�s, seguindo um processo moroso de tentativa e erro at� encontrar o
caracter cuja imagem n�s pretend�amos. Ou, de uma forma mais f�cil,
poderiamos usar o comando showfont.
No entanto nas vers�es de software por mim testado, o uso deste ultimo
comando revelou-se desnecess�rio. � at� recomend�vel que n�o se use
esse recurso, pois embora ele permita criar uma tabela de caracteres
``personalizada'' em um computador, ser� dif�cil que um documento
acentuado produzido nessa m�quina possa ser lido em outra que n�o
tenha a mesma configura��o.
4. A configura��o do Sistema de Janelas X (X Window System)
-------> N�o corte aqui, ou vai destruir seu monitor.
O Sistema de Janelas X vem equipado com um utilit�rio destinado �
configura��o do teclado, chamado xmodmap, que cumpre uma fun��o
id�ntica ao comando loadkeys, ou seja, l� um ficheiro de mapa de
teclado de X, expecificando as equivalencias entre os scancodes e
respectivos keycodes.
Eis um excerto deste ficheiro:
keycode 47 = Ccedilla
keycode 48 = masculine ordfeminine
keycode 51 = Dtilde Dcircumflex_accent
Observem que, ao contr�rio do loadkeys, o xmodmap n�o possui um
diret�rio padr�o onde o arquivo � procurado.
A configura��o do Sistema de Janelas X n�o interfere de forma alguma
com a configura��o do modo de texto. De facto, � poss�vel ter o seu X
bem configurado, e no entatanto n�o ter realizado qualquer tipo de
configura��o ao modo de texto, e vice-versa. Outro ponto importante
de se observar � que os c�digos num�ricos das teclas no X n�o
correspondem aos do console. A tecla Backspace, por exemplo, tem o
n�mero 14 no console, e 22 no X.
As vers�es antigas deste documento afirmavam que na vers�o
XFree 3.1.x n�o � poss�vel a utiliza��o de dead-keys. Eu
nunca fiz esta experi�ncia e n�o tenho como confirmar a
informa��o. � certo, por�m, que embora as vers�es 3.2 e pos�
teriores do XFree permitam a defini��o de dead-keys, o
tratamento dessas teclas � responsabilidade da aplica��o.
Isto deve-se so facto de o X Consortium ter chegado � con�
clus�o de que o sistema de mapeamento de teclas n�o tratava
de forma satisfat�ria toda a imensa variedade de l�nguas
escritas nas v�rias partes do mundo. Deste modo, decidiu-se
que o ``peso'' relativo � gest�o do teclado fosse trans�
ferido para as aplica�es X.
4.1. Configura��o do xinit
Junto com este documento s�o fornecidos tr�s mapas de teclado para uso
no X. Para automatizar o processo de configura��o do teclado basta
copiar um desses arquivos para o diret�rio /usr/X11R6/lib/X11/xinit,
onde normalmente ficam os arquivos de in�co da se��o de trabalho no X.
No Slackware esse diret�rio � um link simb�lico para
/var/X11R6/lib/xinit e no Red Hat para /etc/X11/xinit.
Verifique se no referido diret�rio existe um arquivo chamado .Xmodmap.
Se existir, copie o Xmodmap.<alguma-coisa> para ele, ou fa�a um link.
Normalmente o arquivo de configura��o xinitrc possui os comandos para
carreg�-lo automaticamente. Veja o seguinte trecho:
#!/bin/sh
# $XConsortium: xinitrc.cpp,v 1.4 91/08/22 11:41:34 rws Exp $
userresources=$HOME/.Xresources
usermodmap=$HOME/.Xmodmap
sysresources=/usr/X11R6/lib/X11/xinit/.Xresources
sysmodmap=/usr/X11R6/lib/X11/xinit/.Xmodmap
# merge in defaults and keymaps
if [ -f $sysresources ]; then
xrdb -merge $sysresources
fi
if [ -f $sysmodmap ]; then
xmodmap $sysmodmap
fi
4.2. Configura��o do XDM
Existe ainda um pequeno problema: no meu computador, por exemplo, o
sistema carrega diretamente o X ao dar boot e o login � feito pelo X
Display Manager (xdm). Como o xdm faz o login antes de iniciar a se��o
de trabalho, o mapa de teclado n�o ser� carregado, o que pode criar
problemas se o usu�rio usa caracteres como ``['' ou ``]'' em sua
senha, pois nos teclados ABNT-2 e portugu�s esses s�mbolos s�o gerados
por teclas cujos c�digos num�ricos n�o s�o os mesmos do teclado
americano.
Para resolver isso � necess�rio fazer uma pequena altera��o no arquivo
de configura��o Xsetup_0. Esse arquivo deve estar no diret�rio
/usr/X11R6/lib/X11/xdm, que no Slackware � um link simb�lico para
/var/X11R6/lib/xdm e /etc/X11/xdm no RedHat (sujeito a confirma��o).
Eis o conte�do completo desse arquivo:
#!/bin/sh
# $XConsortium: Xsetup_0,v 1.3 93/09/28 14:30:31 gildea Exp $
sysresources=/usr/X11R6/lib/X11/xinit/.Xresources
sysmodmap=/usr/X11R6/lib/X11/xinit/.Xmodmap
# merge in defaults and keymaps
if [ -f $sysresources ]; then
xrdb -merge $sysresources
fi
if [ -f $sysmodmap ]; then
xmodmap $sysmodmap
fi
xconsole -geometry 480x130-0-0 -daemon -notify -verbose \
-fn fixed -exitOnFail
4.3. Compose
Uma das coisas mais importantes a definir quando vamos utilizar
acentua��o por meio de dead-keys � o conjunto de regras de composi��o.
Essas regras determinam, por exemplo que a composi��o do caractere
' com a letra e gerar� um �.
Ao contr�rio do console, no qual podemos definir as regras de
composi��o no mapa de teclado, no X essas regras s�o colocadas no
arquivo /usr/X11R6/lib/X11/locale/iso8859-1/Compose.
Para facilitar o uso do teclado US+ (veja adiante) � conveniente
definirmos uma nova regra de composi��o, permitindo que o � seja
gerado pela seq��ncia 'C. Se n�o fizermos isso, seremos obrigados a
digitar <dead_cedilla-C>, sedo o dead_cedilla produzido pela
combina��o AltGR-=, o que n�o � nada confort�vel.
Para incluirmos as novas regras, basta aplicar a seguinte altera��o
usando o utilit�rio patch:
*** Compose.orig Tue Jun 3 23:39:14 1997
--- Compose Sun Dec 28 02:07:41 1997
***************
*** 209,212 ****
--- 209,216 ----
<Multi_key> <asterisk> <a> : "\345" aring
<Multi_key> <a> <e> : "\346" ae
+ <Multi_key> <C> <apostrophe> : "\307" Ccedilla
+ <Multi_key> <apostrophe> <C> : "\307" Ccedilla
+ <Multi_key> <c> <apostrophe> : "\347" ccedilla
+ <Multi_key> <apostrophe> <c> : "\347" ccedilla
<Multi_key> <C> <comma> : "\307" Ccedilla
<Multi_key> <comma> <C> : "\307" Ccedilla
***************
*** 380,383 ****
--- 384,389 ----
<dead_tilde> <a> : "\343" atilde
<dead_diaeresis> <a> : "\344" adiaeresis
+ <dead_acute> <C> : "\307" Ccedilla
+ <dead_acute> <c> : "\347" ccedilla
<dead_cedilla> <C> : "\307" Ccedilla
<dead_cedilla> <c> : "\347" ccedilla
***************
*** 626,629 ****
--- 632,639 ----
Ctrl<T> <asterisk> <a> : "\345" aring
Ctrl<T> <a> <e> : "\346" ae
+ Ctrl<T> <C> <apostrophe> : "\307" Ccedilla
+ Ctrl<T> <apostrophe> <C> : "\307" Ccedilla
+ Ctrl<T> <c> <apostrophe> : "\347" ccedilla
+ Ctrl<T> <apostrophe> <c> : "\347" ccedilla
Ctrl<T> <C> <comma> : "\307" Ccedilla
Ctrl<T> <comma> <C> : "\307" Ccedilla
O arquivo Compose.patch pode ser obtido em minha p�gina pessoal. Para
aplicar a atualiza��o, copie-o para o diret�rio
/usr/X11R6/lib/X11/locale/iso8859-1/ e invoque o utilit�rio patch:
patch < Compose.patch
5. Configura��o dos v�rios programas
Se um c�o bater � sua porta, n�o atenda, pois c�o n�o bate �
porta.
A maioria das aplica�es que rodam no Unix usam algum tipo de arquivo
de configura��o que o usu�rio coloca em seu diret�rio de trabalho
(home) e cujo nome normalmente � .alguma-coisarc. Tanto quanto
poss�vel, tentei evitar que isso fosse necess�rio, pois al�m de dar
mais trabalho ao usu�rio (e ao administrador da rede ;-) pode
dificultar um pouco as coisas. Por exemplo, aqui no CPMet temos o
diret�rio home compartilhado entre um servidor Alpha rodando DEC UNIX
com os PCs rodando Linux via NFS (at� a maior parte do Linux est�
instalada no Alpha, os PCs s� t�m a parti��o raiz e uma �rea de swap).
Os arquivos podem necessitar algum ajuste dependendo da plataforma e
nem todos os programas possuem flexibilidade bastante para isso.
Uma op��o que muitos programas tamb�m oferecem � especificar em uma
vari�vel de ambiente o nome do arquivo de configura��o ou o uso de
arquivos padr�o que normalmente ficam em um diret�rio /usr/lib/alguma-
coisa.
5.1. Bash (e todos os programas que utilizam a biblioteca GNU read�
line)
Para os programas que utilizam a biblioteca GNU readline para ler a
linha de comando pode-se criar um arquivo .inputrc ou definir um
arquivo de configura��o global, informando seu nome �s aplica�es por
meio da vari�vel de ambiente INPUTRC.
Coloque uma linha no seu arquivo /etc/profile contendo
export INPUTRC="/etc/inputrc"
e crie um arquivo /etc/inputrc contendo
set meta-flag on
set convert-meta off
set output-meta on
$if term=vt100
"\C-?":delete-char
$endif
$if term=xterm
"\C-?":delete-char
$endif
$if term=xterm-color
"\C-?":delete-char
$endif
"\e[1~":beginning-of-line
"\e[3~":delete-char
"\e[4~":end-of-line
"\e[5~":beginning-of-history
"\e[6~":end-of-history
"\e[7~":beginning-of-line
"\e[8~":end-of-line
"\e[\C-@":beginning-of-line
"\e[A":previous-history
"\e[B":next-history
"\e[C":forward-char
"\e[D":backward-char
"\e[E":beginning-of-line
"\e[H":beginning-of-line
"\eOH":beginning-of-line
"\e[F":end-of-line
"\eOF":end-of-line
"\e[e":end-of-line
Outra alternativa � criar um arquivo .inputrc no diret�rio home do
usu�rio com o conte�do acima, mas � muito dif�cil manter atualizados
os arquivos de todos os usu�rios, principalmente quando eles s�o
muitos.
A configura��o mostrada acima permitir� usar as teclas de
movimenta��o de cursor para percorrer o hist�rico de coman�
dos (setas para cima e para baixo); ir para o primeiro e
para o �ltimo comandos do hist�rico (teclas PageUp e Page�
Down); posicionar o cursor na linha (setas para a esquerda e
direita) e posicionar o cursor no in�cio e no fim da linha
(teclas Home e End). Isso n�o tem nada a ver com acentua��o,
mas que facilita a vida, facilita!
Para maiores informa�es leia os manuais do bash e da biblioteca
readline com os comandos
man bash
man readline
5.2. csh / tcsh (vers�o 6.04 ou superior)
Inclua as seguintes linhas no ficheiro /etc/profile, /etc/csh.login ou
~/.login:
export LANG=C
export LC_CTYPE=iso_8859_1
5.3. Joe
Invoque o joe com a op��o -asis na linha de comando ou altere os
arquivos de configura��o para ativar tal op��o. No Slackware eles
est�o no diret�rio /usr/lib/joe. Tudo que se precisa fazer � remover o
espa�o em branco que existe no in�cio de cada linha.
Uma caracter�stica interessante do Joe � que ele � capaz de emular
Pico, emacs e WordStar.
Uma outra alternativa � acrescentar a seguinte linha ao ficheiro
/etc/profile :
alias joe='joe -asis'
Finalmente consegui faz�-lo usar as teclas Home e End para movimentar
o cursor para o in�cio e fim da linha! Um arquivo joerc est�
dispon�vel em minha p�gina pessoal, junto com este HOWTO.
5.4. Less
Coloque as seguintes linhas no seu arquivo /etc/profile:
export LESS="-MM -i"
export LESSCHARSET="latin1"
export LESSKEY="/etc/lesskey"
export LESSOPEN='|lesspipe.sh "%s"'
Para criar o arquivo /etc/lesskey, crie primeiro o arquivo
/etc/lesskey.in contendo as seguintes linhas:
\e[1~ goto-line
\e[4~ goto-end
\e[5~ back-screen
\e[6~ forw-screen
\e[7~ goto-line
\e[8~ goto-end
\e[A back-line
\e[B forw-line
\eOH goto-line
\eOF goto-end
\e[H goto-line
\e[F goto-end
:n next-file
:N next-file
:p prev-file
Depois ``compile-o'' usando o comando
# lesskey -o /etc/lesskey /etc/lesskey.in
Crie o arquivo /usr/bin/lesspipe.sh contendo
#!/bin/sh
# This is a preprocessor for 'less'. It is used when this environment
# variable is set: LESSOPEN="|lesspipe.sh %s"
case "$1" in
*.rpm) rpm -qilp "$1" 2>/dev/null ;; # View contents of .rpm files
*.tar) tar tvvf "$1" 2>/dev/null ;; # View contents of .tar and .tgz files
*.tgz | *.tar.gz | *.taz | *.tar.Z | *.tar.z) tar tzvvf "$1" 2>/dev/null ;;
*.tbz2 | *.tar.bz2) bzip2 -dc "$1" | tar tvvf - 2>/dev/null ;;
*.Z) gzip -dc "$1" 2>/dev/null ;;
*.z) gzip -dc "$1" 2>/dev/null ;;
*.[1-9].gz | *.n.gz | *.man.gz) # compressed groff src
FILE=`file -Lz "$1" | cut -d ' ' -f 2`
if [ "$FILE" = "troff" ]; then
gzip -dc "$1" | groff -s -p -t -e -Tlatin1 -mandoc
fi ;;
*.gz) gzip -dc "$1" 2>/dev/null ;;
*.zip) unzip -l "$1" 2>/dev/null ;;
*.[1-9] | *.n | *.man)
FILE=`file -L "$1" | cut -d ' ' -f 2`
if [ "$FILE" = "troff" ]; then
groff -s -p -t -e -Tlatin1 -mandoc "$1"
fi ;;
# *) FILE=`file -L "$1"` ; # Check to see if binary, if so -- view with 'strings'
# FILE1=`echo "$FILE" | cut -d ' ' -f 2`
# FILE2=`echo "$FILE" | cut -d ' ' -f 3`
# if [ "$FILE1" = "Linux/i386" -o "$FILE2" = "Linux/i386" \
# -o "$FILE1" = "ELF" -o "$FILE2" = "ELF" ]; then
# strings "$1"
# fi ;;
esac
N�o esque�a de torn�-lo execut�vel:
chmod 755 /usr/bin/lesspipe.sh
Essa parte do lesspipe.sh tamb�m n�o tem nada a ver com
acentua��o, mas n�o deixa de ser �til. Para os curiosos a
respeito da refer�ncia a ``*.rpm'', embora na m�quina em
quest�o se use Slackware, � poss�vel ter o utilit�rio RPM
instalado tamb�m, o que facilita tomar emprestados pacotes
do Red Hat, Caldera, etc. Existe um RPM+Slackware Mini-HOWTO
que explica como fazer isso.
5.5. ls
Acrescente a seguinte linha ao ficheiro /etc/profile :
alias ls="ls -N"
ou
alias ls="ls -b"
Se a sua distribui��o de Linux usa o GNU ls (todas as que eu conhe�o
usam) basta acrescentar ao arquivo /etc/profile ou .profile as
seguintes linhas:
# -----------------------------------------
# Set up the color-ls environment variables
# -----------------------------------------
if [ "$SHELL" = "/bin/bash" -o \
"$SHELL" = "/bin/sh" ]; then
eval `dircolors -b`
elif [ "$SHELL" = "/bin/zsh" ]; then
eval `dircolors -z`
elif [ "$SHELL" = "/bin/ash" ]; then
eval `dircolors -s`
elif [ "$SHELL" = "/bin/ksh" -o \
"$SHELL" = "/bin/pdksh" ]; then
eval `dircolors -k`
elif [ "$SHELL" = "/bin/csh" -o \
"$SHELL" = "/bin/tcsh" ]; then
eval `dircolors -c`
else
eval `dircolors -b`
fi
Se o seu shell � o csh ou tcsh, acrescente a seguinte linha ao arquivo
/etc/csh.login ou ~/.login:
alias ls 'ls --color'
5.6. Man, groff, troff
Pode-se usar a op��o de linha de comando -Tlatin1 para o groff, mas �
mais simples colocar uma linha no seu arquivo /etc/profile contendo
export GROFF_TYPESETTER="latin1"
Para maiores informa�es leia o manual do groff com o comando
man groff
5.7. Midnight Comander (mc)
No menu Options sub-menu Configuration ligue a op��o 8 bit clean. (--
Esta informa��o deve estar desatualizada. Alguma alma caridosa pode
fornecer uma mais atual?--)
5.8. Minicom
Coloque uma linha no seu arquivo /etc/profile contendo
export MINICOM="-m -c on"
Isso permitir� usar a tecla Alt para ativar os comandos (exatamente
como o Telix) e tamb�m usar cores. Para maiores informa�es, leia o
manual do Minicom usando o comando
man minicom
Uma dica sobre o Minicom: eu n�o consegui faz�-lo usar corretamante a
tecla Alt Quando rodando sob o xterm mas sim com o rxvt. Para isso h�
um script chamado xminicom que pode ser obtido em minha p�gina
pessoal. H� uma vers�o recente do Minicom traduzida para o portugu�s
pelo pessoal da Conectiva, que pode ser obtida na p�gina pessoal de
Arnaldo Carvalho de Melo: <
http://www.conectiva.com.br/~acme>.
5.9. nn
Acrescente a seguinte linha ao ficheiro ~/.nn/init: (-- Al�, al�,
algu�m usa nn? Informa��o mais atualizada ser� bem recebida.--)
set data-bits 8
5.10. Emacs
O pai de todos os editores pode ser configurado criando-se um arquivo
chamado .emacs no diret�rio do usu�rio, contendo as seguintes linhas:
(set-input-mode nil nil 1)
(standard-display-european t)
(require 'iso-syntax)
Para tornar esta configura��o global, coloque os comandos no arquivo
/usr/lib/emacs/site-lisp/site-start.el Se ele n�o existir, crie-o. Se
o estimado leitor, assim como eu, n�o se agrada do tratamento dado
pelo Emacs �s teclas de Delete, Home e End, aproveite a oportunidade e
acrescente ao mesmo arquivo o seguinte:
(global-unset-key [backspace] )
(global-set-key [backspace] 'delete-backward-char)
(global-unset-key [delete] )
(global-set-key [delete] 'delete-char)
(define-key global-map [home] 'beginning-of-line)
(define-key global-map [C-home] 'beginning-of-buffer)
(define-key global-map [end] 'end-of-line)
(define-key global-map [C-end] 'end-of-buffer)
5.11. lemacs (lucid emacs)
Coloque no seu /.emacs as linhas :
(load-file "/usr/lib/lemacs-19.27.1/lisp/x11/x-iso8859-1.el")
(load-file "/usr/lib/lemacs-19.27.1/lisp/x11/x-compose.el")
Esta informa��o est� desatualizada. O Lucid Emacs j� nem tem
mais esse nome; agora se chama XEmacs. Os arquivos men�
cionados existem mas, pelo menos no teste que fiz, n�o
obtive sucesso. Com certeza � algum problema na interface
entre a cadeira e o teclado...
5.12. flex
Especifique a op��o -8 se o parser a gerar necessitar de ler dados de
8 bit.
5.13. Pine e Pico
Para o Pine utilizar o conjunto de caracteres Latin 1, coloque uma
linha no arquivo .pinerc, no diret�rio do usu�rio, contendo
character-set=ISO-8859-1
ou crie um arquivo geral de configura��o contendo tal linha. Esse
arquivo normalmente � /usr/local/lib/pine.conf ou /usr/lib/pine.conf
Para maiores informa�es leia o manual do pine com o comando
man pine
Ainda n�o consegui fazer nem o Pine nem o Pico usarem as teclas Home e
End para movimentar o cursor para o in�cio e fim da linha. Uma solu��o
intermeti�ria seria mapear essas teclas para gerarem ^A e ^E, como era
feito na vers�o original do mapa ABNT-2, mas isso atrapalhava outras
aplica�es, principalmente no X. Talvez a vers�o 4 do PINE trate
melhor o problema, mas ainda nao a testei.
5.14. TeX, LaTeX
O pacote Babel, criado por Johannes Braams prov� suporte a um grande
n�mero de l�nguas para o LaTeX. Normalmente apenas o suporte a
separa��o sil�bica para Ingl�s e Alem�o s�o carregados.
Para configurar a separa��o sil�bica no teTeX, execute o utilit�rio
texconfig, que deve ser o programa /usr/lib/teTeX/bin/texconfig.
Selecione a op��o ``HYPHEN''. O editor de texto ser� carregado, para
editar o arquivo /usr/lib/teTeX/texmf/tex/generic/config/language.dat.
Procure uma linha que come�a por %portuges e remova o %. Grave o
arquivo e saia do editor. O texconfig atualizar� diversos arquivos de
configura��o (n�o se assuste com a quantidade de mensagens que
aparecer�o na tela). (-- O editor carregado normalmente � o vi. Se o
seu editor predileto for outro, crie uma vari�vel de ambiente chamada
EDITOR contendo o nome desse programa.--)
Normalmente a introdu��o de caracteres acentuados no texto exige o uso
de seq��ncias de escape bastante trabalhosas. Para gerar um ``�''
deve-se digitar \"o. Com babel pode-s digitar apenas "o, o que n�o
deixa de ser inconveniente para ler o fonte do documento. H� um pacote
chamado inputenc que permite especificar a codifica��o em que est�o os
caracteres de um documento. Lembre-se por�m que se o seu documento for
enviado para outro usu�rio que n�o possua o inputenc ele poder� n�o
conseguir process�-lo, mas esse recurso j� est� dispon�vel desde a
libera��o do LaTeX2e em dezembro 1994. Todas as distribui�es de Linux
atuais o incluem.
Para testar a nova configura��o copie o seguinte trecho para um
arquivo chamado, digamos, exemplo.tex:
\documentclass[a4paper,portuguese]{article}
\usepackage[latin1]{inputenc}
\usepackage{babel}
\begin{document}
\title{Linux Portuguese-HOWTO}
\author{Carlos Augusto Moreira dos Santos}
\date{17 de julho de 1998}
\maketitle
\section{Introdu��o}
Este documento pretende ser um guia de refer�ncia de configura��o do
\textbf{Linux} e seus programas, teclados e fontes de caracteres,
permitindo sua internacionaliza��o/utiliza��o confort�vel por pessoas
que falem a L�ngua Portuguesa.
\end{document}
Esse texto propositadamente cont�m uma palavra bastante longa para
for�ar a separa��o sil�bica. Ele est� dispon�vel no arquivo
exemplo.tex em minha p�gina pessoal. Para process�-lo, use o comando
latex, conforme mostrado a seguir:
bash$ latex exemplo.tex
This is TeX, Version 3.14159 (C version 6.1)
(exemplo.tex
LaTeX2e <1996/06/01>
Hyphenation patterns for english, german, portuges, loaded.
(/usr/lib/teTeX/texmf/tex/latex/base/article.cls
Document Class: article 1996/05/26 v1.3r Standard LaTeX document class
(/usr/lib/teTeX/texmf/tex/latex/base/size10.clo))
(/usr/lib/teTeX/texmf/tex/latex/base/inputenc.sty beta test version
(/usr/lib/teTeX/texmf/tex/latex/base/latin1.def))
(/usr/lib/teTeX/texmf/tex/generic/babel/babel.sty
(/usr/lib/teTeX/texmf/tex/generic/babel/portuges.ldf
(/usr/lib/teTeX/texmf/tex/generic/babel/babel.def))) (exemplo.aux) [1]
(exemplo.aux) )
Output written on exemplo.dvi (1 page, 892 bytes).
Transcript written on exemplo.log.
A mensagem ``Hyphenation patterns for english, german, portuges,
loaded.'' indica que a configura��o foi bem sucedida. Se o seu
computador est� rodando o X Window System o documento formatado poder�
ser visto com o comando
xdvi exemplo.dvi
H� uma lista de discuss�o brasileira de usu�rios de TeX/LaTeX, chamada
TeX-BR, que roda no servidor de listas da FURG. Para entrar da lista
mande um mail contendo apenas a palavra ``subscribe'' no corpo para
[email protected]. Esta lista � administrada por Rafael
Rodrigues Obelheiro <
[email protected]>.
Pode ser �til tamb�m um documento de exemplo para ter onde comecar.
Pensando nisso, Klaus Steding-Jessen <
[email protected]>
preparou um pequeno documento em Portugu�s com o objetivo de ser um
guia ``by example'' para o usu�rio de LaTeX iniciante e intermedi�rio,
que pode ser obtido via WWW em
<
http://www.ahand.unicamp.br/jessen/LaTeX/LaTeX-demo/>.
5.15. Ispell
Dicion�rios para o Portugu�s de Portugal podem ser obtidos via WWW na
p�gina do Projecto Natura em
<
http://www.di.uminho.pt/~jj/pln/pln.html>. Para o Brasil, h� uma
vers�o compilada pelo Ueda: <
http://www.ime.usp.br/~ueda/>. (-- Eu
gostaria de poder colocar maiores informa�es, mas ainda n�o tenho
conhecimento suficiente sobre o Ispell e n�o posso ensinar o que n�o
sei. Preciso de ajuda aqui.--)
5.16. LyX
Para aqueles que acham trabalhoso escrever documentos para o LaTeX
usando um simples editor de texto (e realmente �) LyX � uma excelente
op��o. Este programa cria uma interface gr�fica atrav�s da qual
editamos os documentos que ser�o depois formatados pelo LaTeX. O
ambiente � quase-WYSIWYG (What You See Is What You Get - O que tu v�s
� o que tu obt�ns). LyX n�o roda apenas em Linux, mas em qualquer
Unix. Maiores informa�es podem ser obtidas em
<
http://www.lyx.org>
Tendo o LyX instalado, � muito f�cil criar documentos com acentua��o
em Portugu�s. Seguindo as seguintes regras:
� Se o teclado foi configurado para ter dead keys usando um dos mapas
aqui fornecidos, n�o � necess�rio fazer mais nada. Basta digitar o
texto normalmente usando as seq��ncias de acentua��o.
� Se o teclado n�o foi configurado para ter dead keys ainda assim �
poss�vel acentuar no LyX. Selecione o menu Options/Keyboard. Na
caixa de di�logo ``Key Mappings'', selecione no �tem
Language/Primary a op��o ``American''. Com isto o LyX far� a
composi��o dos caracteres acentuados usando regras semelhantes �s
das dead keys.
� A v�rgula ser� tratada como cedilha. Para obter um � digite ,C e
para obter uma v�rgula digite ,,. Cuidado! A seq��ncia ,<espa�o>
gerar� uma cedilha isolada e n�o uma v�rgula!
� ~ ^ ' e ` ser�o tratados como acentos. Vale a mesma regra anterior:
para obter apenas o acento, pressione a tecla duas vezes
consecutivas.
� : ; . / ? e - tamb�m ser�o tratados como acentos. ?a gerar� um � e
assim por diante.
Para que o LyX consiga imprimir corretamente, � necess�rio que, ao
criar um novo documento, sejam selecionados a l�ngua e a codifica��o
de caracteres adequadas. Crie um documento selecionando o menu
File/New. Depois selecione o menu Layout/Document. Na caixa de
di�logo ``Document Layout'' selecione no �tem Language a op��o
``brazil'' ou ``portuges'' (sem o u mesmo); no �tem Encoding selecione
``latin1''.
Uma observa��o final sobre o LyX: at� a vers�o 0.12 ele utiliza a
biblioteca XForms para construir a interface com o usu�rio. Como essa
biblioteca n�o tem suporte para acentua��o, n�o � poss�vel digitar
letras acentuadas nas caixas de di�logo. Segundo os desenvolvedores,
nas novas vers�es do LyX ser� poss�vel escolher o tipo de interface ao
compilar o programa, o que permitir� o uso de toolkits mais flex�veis.
J� existe uma vers�o de LyX portada para o KDE por Matthias Ettrich --
autor original do LyX -- e Kalle Dalheimer, chamada KLyX. Para maiores
informa�es, consulte via WWW: <
http://www-pu.informatik.uni-
tuebingen.de/users/ettrich/>.
5.17. Fortune
Fortune � aquele programa que toda vez que � invocado apresenta uma
pequena mensagem, geralmente bem humorada. Ele � inspirado nos
biscoitos da fortuna chineses (em ingl�s fortune cookies, da� o nome).
Eis algumas mensagens t�picas:
dROGA!!oNDE ESTA O cAPSLOCK??
Mouse n�o encontrado, bater no gato? (S/N)
Que fio � ess<=V++088.../NO CARRIER
Quem ri por �ltimo est� conectado a 2400Bit/s.
Tudo que o programa faz � escolher aleatoriamente uma mensagem em um
reposit�rio mantido no diretorio /usr/games/fortunes. Neste diret�rio
existem diversos arquivos com as ``fortunas'' e um arquivo �ndice para
cada um deles, que possui a extens�o .dat. O formato dos arquivos �
muito simples: cada fortuna � composta de uma s�rie de linhas de
texto. As fortunas s�o separadas umas das outras por linhas contendo
apenas um caracter %. Veja o trecho a seguir:
O que s�o quatro pontos na parede? Four migas. Ugh!
%
Errar � humano, botar a culpa no computador � mais humano ainda.
%
A� ela me disse: Ou eu ou o modem! Sinto muitas saudades dela...
Tudo que temos a fazer � criar um arquivo com as fortunas chamado,
digamos fortunes com o formato descrito acima. Depois basta usar o
programa strfile para gerar o �ndice:
strfile fortunes
e um arquivo chamado fortunes.dat ser� criado. Claro que se quisermos
que o fortune mostre apenas mensagens em Portugu�s, teremos que
remover os arquivos existentes no diret�rio /usr/games/fortunes.
Sugiro simplesmente renome�-lo para fortunes-en (de English) e criar
outro vazio. Eu coletei algumas fortunas e as coloquei no arquivo
fortunes-pt.tar.gz que pode ser obtido em minha p�gina pessoal. N�o
esque�a de colocar no seu /etc/profile algumas linhas contendo uma
chamada ao fortune, por exemplo
# ----------------------------------------------------------------------
# Send a funny message...
# ----------------------------------------------------------------------
if { -x /usr/games/fortune -a ! -e $HOME/.hushlogin }; then
echo
/usr/games/fortune
echo
fi
Uma �ltima informa��o: se o nome de um arquivo termina com o sufixo -o
o fortune s� o consulta se for chamado com a op��o -o. Esses arquivos
s�o os que cont�m mensagens cujo conte�do pode ser considerado
ofensivo por algumas pessoas, tais como
S� n�o mando a sogra pro inferno, com pena do Diabo.
Claro que existem coisas muito mais ofensivas por a�, mas este � um
Linux-HOWTO e n�o queremos realmente ofender ningu�m, certo?
6. Rede local e Internet
Eu antes me achava muito indeciso, mas agora n�o tenho
certeza.
6.1. FTP (File Transfer Protocol)
Como sabemos, o modo de transferencia de ficheiros binarios � o
binary, sendo o modo ASCII utilizado para textos. No entanto, o modo
de transf�rencia ASCII remove o oitavo bit de cada caracter
transmitido, o que ter� como consequencia a perda de todos os
caracteres acentuados. Desta forma � aconselhado o envio de
documenta��o em modo binary de forma a manter a integridade da mesma.
Cuidado! Algumas vers�es mais antigas do pacote net-tools do Linux t�m
um cliente FTP que n�o reconhee corretamente quando o servidor remoto
roda Unix. Deste modo ele n�o comutar� o modo de transfer�ncia para
bin�rio automaticamente. Al�m disso, alguns servidores FTP tamb�m n�o
fornecem a informa��o corretamente. Certifique-se de digitar o
comando bin antes de um get quando quiser que a transfer�ncia seja
bin�ria!
6.2. E-MAIL
O mesmo tipo de restri�es do FTP se aplica ao envio de documentos
contendo caracteres acentuados, atrav�s de E-MAIL. Embora isto n�o
aconte�a en todos os sistemas em uso na internet, bastar� que o
correio enviado passe no seu trajecto por um sistema que n�o suporte 8
bits de informa��o para que o nosso documento seja deturpado.
Para que n�o hajam problemas, deve-se utilizar um programa de mail,
que suporte o formato MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions),
formato este que permite o envio de documenta��o em modo 8 bits.
Exemplos de programas de correio eletr�nico com suporte para MIME, s�o
o Eudora e o Pine.
Se o destinat�rio da mensagem n�o usa um agente com suporte para MIME,
existe a op��o de codificar os documentos com o utilit�rio UUENCODE.
Para maiores informa�es a esse respeito, leia a documenta��o usando
os seguintes comandos:
man uuencode
man uudecode
7. Ficheiros necess�rios
A verdade est� l� fora, algu�m sabe a URL?
Foram elaborados mapas com suporte � acentua��o para tr�s tipos de
teclados, tanto para uso no console quanto para o X. A seguir � dada
uma breve explica��o sobre cada um deles.
As vers�es anteriores deste HOWTO incluiam a listagem completa dos
mapas de teclado. A partir da vers�o 2.1, isso n�o � mais feito, pois
estava tornando o texto final muito longo. Eles podem ser obtidos via
WWW em minha p�gina pessoal:
<
http://www.inf.ufrgs.br/~casantos/Portuguese-HOWTO/>
Ao instalar um dos mapas fornecidos, lembre-se de ler os coment�rios
contidos neles, pois h� informa�es importantes sobre op�es de
configura��o e aproveitamento das teclas adicionais dos teclados
padr�o Windows 95.
O mapa US+ (us+.map)
Esse mapa � para os teclados que seguem o padr�o americano. Como
n�o existem teclas especiais para gerar o c-cedilhado nem o
trema, foi usado um pequeno truque: o c-cedilhado � gerado pela
seq��ncia 'C. Opcionalmente, pode-se faz�-lo com a seq��ncia
AltGR-C. O trema � gerado pela tecla ". Para gerar as aspas
duplas no console � necess�rio digitar a seq��ncia "<espa�o> ou
""; opcionalmente (obrigatoriamente no X) pode-se usar AltGR-",
o que n�o � uma solu��o muito confort�vel, mas funciona...
Testado com teclados de v�rias marcas (e alguns sem marca :-).
Salve este mapa com o nome de /usr/lib/kbd/keytables/us+.map e
coloque no /etc/rc.d/rc.keyboard uma linha contendo
loadkeys us+
O mapa Portugal (pt.map)
Para aqueles que possuem um teclado com desenho portugu�s. Esses
teclados possuem uma tecla com os caracteres � e �. Eu n�o os
considero muito confort�veis, porque para gerar o s�mbolos @ [ ]
{ } e o trema � necess�rio usar a tecla Alt-GR. Para escrever
programas em C � uma tortura. O criador desse desenho certamente
programava apenas em FORTRAN...
Testado com um teclado da marca Key Tronic.
Salve este mapa com o nome de /usr/lib/kbd/keytables/pt.map e
coloque no /etc/rc.d/rc.keyboard uma linha contendo
loadkeys pt
O mapa ABNT-2 (abnt-2.map)
Os computadores vendidos no Brasil fabricados pela IBM, Compaq e
Itautec, entre outros, v�m com esses teclados. Eles tamb�m pode
ser adquiridos avulsos e s�o fabricados pela UIS e Keytec (n�o
confundir com Key Tronic). Eu considero esse desenho o mais
confort�vel de todos, pois tem a mesma distribui��o dos acentos
encontrada nas m�quinas de escrever.
Testado com teclados das marcas UIS e IBM.
Salve este mapa com o nome de /usr/lib/kbd/keytables/abnt2.map e
coloque no /etc/rc.d/rc.keyboard uma linha contendo
loadkeys abnt2
Xmodmap.us+
Este mapa n�o define uma tecla para gerar o C-cedilha. Se
fiz�ssemos isso, ter�amos que ``roubar'' uma tecla e ela faria
falta. O mais conveniente � definirmos uma regra de composi��o
para facilitar a gera��o do C-cedilha com a seq��ncia 'C.
Salve este mapa com o nome de
/usr/X11R6/lib/X11/xinit/Xmodmap.us+ e copie-o para o .Xmodmap
no mesmo diret�rio.
Xmodmap.pt
Salve este mapa com o nome de
/usr/X11R6/lib/X11/xinit/Xmodmap.pt e copie-o para o .Xmodmap no
mesmo diret�rio.
Xmodmap.abnt2
Salve este mapa com o nome de
/usr/X11R6/lib/X11/xinit/Xmodmap.abnt2 e copie-o para o .Xmodmap
no mesmo diret�rio.
8. Informa�es Adicionais
Seraqueochefevaidescobrirqueeuderrubeicaf�noteclado?
8.1. Vers�es de software testadas
Todas as informac�es presentes neste documento foram testadas nas
seguintes vers�es de software:
� Distribui��o Slackware 3.2 (muito modificada)
� XFree86 3.3
� Fvwm95 2.0.43
� Rxvt 2.4.5
� Kernel 2.0.33
� Kbd 0.92
� GNU emacs 19.34
� Less 321
� GNU Bash 1.14.7
� LyX 0.12.0
� Joe 2.8
� Pine 3.96
� Pico 2.9
� teTeX 0.4
� XEmacs 20.3
8.2. Futuro
Futuras adi�es a este documento:
� Acrescentar mais refer�ncias a documentos sobre configura��o do
Linux e suas aplica�es.
� Melhorar o hiperdocumento, com mais liga�es internas e externas,
para tornas as vers�es Texinfo e HTML mais f�ceis de pesquisar.
� Suporte para outras distribui�es. O documento ainda est� muito
Slackwariano. Mencionar a Conectiva.
� Informa�es sobre compartilhamento de arquivos em rede usando NFS,
SAMBA e Mars-NWE.
� Informa�es sobre recursos de i18n da Glibc 2 e distribui�es que a
usam (Red Hat 5.x, Debian 2, Conectiva).
� Incluir informa�es sobre configura��o de toolkits: Qt, GTK,
XForms, Tk (Tcl) e os baseados em Xt, como Motif, Lesstif, Xaw
(*international ainda n�o est� funcionando).
� Mencionar o projeto de internacionaliza��o das aplica�es GNU.
Incluir uma se��o sobre desenvolvimento de programas.
� Aumentar o n�mero de colaboradores n�o s� no Brasil, mas em
Portugal e outros pa�ses de l�ngua portuguesa.
� Melhorar as refer�ncias ao Ispell e us�-lo para corrigir o pr�prio
HOWTO :-).
� Incluir mais informa�es sobre ISO-8859, Unicode, X/Open, XPG4 e
POSIX, ou pelo menos ponteiros para elas.
9. Agradecimentos, Nota de Direitos de Autor e Responsabilidade
Alf^H^Hgu�,^Hm sag^Hbe como fas^Hzer funcu^Hionar o bakspace
nestt^He terminal?
Este HOWTO teve como autor Jo�o Carlos Rodrigues Pereira, baseado em
documenta��o escrita por Jos� Bandeira al�m dos restantes HOWTO's do
Linux. Atualmente ele � mantido por Carlos Augusto Moreira dos Santos.
9.1. Termos e Condi�es
Os documentos HOWTO do Linux podem ser reproduzidos e distribu�dos em
todo ou em parte, segundo qualquer meio f�sico ou electr�nico, desde
que esta Nota de Direitos de Autor se mantenha intacta em todas as
c�pias dos mesmos. A distribui��o comercial � autorizada e
encorajada, no entanto, o autor gostaria de ser notificado de tais
ocorr�ncias.
Todas as tradu�es, trabalhos derivados, ou trabalhos agregando
qualquer dos documentos HOWTO do Linux dever�o estar abrangidos por
esta Nota de Direitos de Autor, ou seja, n�o poder� ser imposta
qualquer restri��o adicional a trabalhos efectuados a partir de um dos
documentos HOWTO do Linux nomeadamente no que diz respeito � sua
distribui��o.
Excep�es a estas regras poderam ser obtidas. Para tal, dever-se-�
contactar o coordenador dos documentos HOWTO do Linux no endere�o
[email protected].
9.2. Garantia (inexist�ncia de) e nota de responsabilidade
N�o � garantido que as informa�es aqui contidas sejam totalmente
corretas ou que tenham algum tipo de utilidade ou aplica��o comercial,
t�cnica, educacional ou medicinal. O autor n�o se responsabiliza por
preju�zos decorrentes do seu uso. Documentos escritos por terceiros
s�o de responsabilidade exclusiva deles e sua refer�ncia neste HOWTO
n�o representa nenhum tipo de recomenda��o, abono ou garantia de
suporte.
Se a informa��o aqui contida quebrar seu computador em mil pedacinhos,
junte tudo e cole, mas n�o reclame para mim! D�vidas, sugest�es,
corre�es e garrafas de bom vinho devem ser enviadas para
Carlos A M dos Santos
Avenida Ildefonso Sim�es Lopes, 2791
CEP 96.060-290, Pelotas, RS, Brasil
Telefone (0532) 23-2525
Fax (0532) 23-4814
e-mail:
[email protected]
Flames ter�o o destino costumeiro: /dev/null.
9.3. Agradecimentos
Deixo aqui os meus agradecimentos a todos os que de alguma forma me
ajudaram quer atrav�s das suas sugest�es quer atrav�s de contribui�es
de outro tipo.
Em especial a:
Jo�o Carlos Rodrigues Pereira
Autor original deste documento que agora mantenho. Nunca tive
contato com ele, nem sei por onde andar�. Sua p�gina no
Departamento de Inform�tica da Faculdade de Ci�ncias da
Universidade de Lisboa n�o existe mais
(
http://caravela.di.fc.ul.pt/~jcrp/). Lembro-me de t�-la visto,
anos atr�s.
Greg Hankins
Ex-coordenador dos Linux HOWTO, por me permitir assumir a
manuten��o deste documento e fornecer as primeiras dicas sobre
autoria de documentos SGML.
Os seguintes agradecimentos s�o do primeiro autor:
Carlos Ferreira
Pela luta que trava pela defesa da lingua portuguesa, bem
patente na sua P�gina Portuguesa disponivel no URL:
http://lila.dei.uc.pt/~cjrf/po/
Jo�o C. Silva
Pelo apoio e incentivo e criticas (bem como por me deixar testar
os meus conhecimentos no SEU computador).
Jos� Bandeira
Autor dos ficheiros port.map e xmodmap. Pelo seu apoio e por
ter escrito alguma da documenta��o mais elucidativa que eu j� li
sobre o assunto.
As pessoas listadas a seguir enviaram mensagens diretamente para mim
ou para as listas Linux-BR da UNICAMP e TeX-BR com informa�es,
sugest�es ou coment�rios que foram incluidas neste texto. Se algu�m
n�o foi mencionado, por favor desculpe a falha.
Arnaldo Carvalho de Melo <
[email protected]>; Cees de
Groot <
[email protected]>; Francisco Semeraro <semer�
[email protected]>; Ken MacLeod <
[email protected]>; Klaus
Steding-Jessen <
[email protected]> Lamarque Vieira
Souza <
[email protected]>; Marcos Vinicius Lannes dos
Santos <
[email protected]>; Rafael Rodrigues Obelheiro
<
[email protected]>; Wanderlei Antonio Cavassin
<
[email protected]>
EOT.